terça-feira, setembro 24, 2013

Primavera viva anunciada

Acontece que, me afastei.
Recuei três, quatro, talvez 5.745  passos e me vi.  Enxerguei claro, como uma obra de arte apreciada de acordo com o distanciamento. No meu caso, nada de tão belo para ser admirado. Alertei ao me ver ilha, pequenina, solitária,em meio ao grande oceano vi minha natureza morna , diante de um mar de água parada devido ao meu não sopro. Me vi iceberg, grande, imenso, intacto, pesado e flutuante. Gelado para aqueles que pretendiam me reduzir em mil cubinhos.
Dei um tempo.
Pensei quatro, cinco, sessenta e até mais oito minutos de cada dia e pausei em mim. Me aqueci de sol, alimentei-me de concreto e me armei para o salto, flexionando em base profunda meus joelhos.
Pulei.
Me encontro agora do outro lado da Ilha, aqui  a colheita acontece em terra firme de pés no chão. O verde quando seca eu mesma faço pintura  sujando  as pontas dos dedos. Continuo a ver o iceberg, e faço curativos dos cacos em processo de retirada da pele, devido aos treinos do salto. Passava raspando, sempre teimosa, mas certa que quanto maior o afastamento mais correto seria o pouso em terra firme.
Ufa.
Estou limpa, sorrio ao retirar os  curativos e a tocar novamente os pés no solo. Penso em dar um mergulho mais tarde mas, prometo não me atrasar tanto dessa vez nas profundezas tão desconhecidas. Ficarei junto aos meus, expandindo-me em atalhos disponíveis presenteados pelo vento ao enfeitar minha natureza. Viva!

segunda-feira, agosto 05, 2013

Perdi minha discografia toda do Michael Jackson, perdi todas minhas discografias, perdi Ramones, perdi Radiohead, Los Hermanos, perdi Legião. Perdi minha blusa na fotografia. E Madonna ja se perdia...Perdi meus 13 anos. Perdi meus diplomas. Achei meus 19 quando veio tudo aleatório, vislumbrei 500 gigas e me vi com 31. Perdi afeto, somei ringtones, ganhei Memória RAM.

quarta-feira, julho 17, 2013

(( Nunca me esquecerei que no meio da pedra tinha um caminho. Tinha um caminho no meio da pedra. Tinha um caminho. ))
O Poeta de Itabira que só tinha olhos para pedra e com total recusa da linearidade, me faz pular o impasse e enxergar a rachadura de um meio, fissura essa que vejo aberta. Estou em cima dela. Da pedra, com caminho.

quinta-feira, maio 30, 2013

Dois no singular

Subiu-me a vontade de, 
subiu, me adentrando uma duas vontades
subiu adentrou-me quase calou
permaneceu alto
permaneci céu onde alto subiu-me a vibrar
profundo eram dois no singular
subiu
Ao fundo seguiu-me e provei
pingou-me abaixo
pinguei-me de céu 
da boca até agora vibro o plural
 viro plural
em múltiplos vibro
viro plural
em múltiplos vibro
singular era mais do que dois 
no plural em que vibro singular
vibro 
vibro
vibro
vibro




sábado, março 30, 2013

30 de outono de 2013

Aqui na minha nova casa tem vento leve, tem varanda de vista verde. Tem lar. Aqui, na minha nova casa, tem poesia sem dor, recomeço com cheiro de frescor, tem mulher jovem, tem beleza tem aroma. Tem flor de tamanho pequeno, peito cheio de esperança,  doce linda lembrança do pai... de quem me fez doçura. Aqui não tem medo de fantasma, não tem personagens, tem verdade, tem vida, tem vista! 
E perspectivas.

domingo, março 24, 2013

justificAtivas

Vai, tenta entender, eu não posso me 
comprometer
eu não quero te 
comprometer
eu me prometo
Me ter
Vai, tenta vê
eu preciso reformular o meu ver
eu vou lá vou performar vou
meter
pois ninguém mais me
mete a mão
então deixa só eu
Me ter
Então vai, vai lá me ver
porque mulher se pa ra dá
se parar dá também, deixa
eu desbocar,  eu desmembrar
pois desde tanto eu não podia
deixa eu me tocar sozinha
me refogar ha ha ha
Então vamos, vamos ver
eu calar me entediar
e chamar você 
ensaiando um fé minismo
logo vejo seu má...
e daí somou-se nossa má fé
viu?
pois até minha poesia se vai
então, volte volte a ver
bem de longe
meu caminhar e me chame
sem hesitar
que fique entre nós
que fique entre mim
entrementes, entrelinhas.



terça-feira, março 12, 2013

Dia treze

O caminhão com porcos já passou fazem duas, três horas. O odor que se foi a 30 minutos, deixa rastros pelo asfalto. Madrugada de ecos e meninos soltos do lado de baixo. Enquanto um solitário cão late sem entender, o carro  ultrapassa o semaforo sem culpa. Eis que uma sinfonia de latidos acontece. Vou dormir e deixa-los na cantoria, mal sei o que comunicam, menos então onde eu quero chegar ao escrever. Fico aqui com meu cotidiano, apaixonada por ele e experimentando instantes, sempre.

domingo, fevereiro 10, 2013


Domingo, noite quente de carnaval e eu optei em ir contra. Contra a explosão dos fogos e  avenida onde todos saculejavam. Pedalei, pedalei e corri daqueles que ao som dos meus ouvidos caminhavam experimentais. Pude escolher um outro pulso  e minha vibração somava-se ao vento que me abraçava. De outro ângulo escolhi as minhas cenas, fora de um centro e então pedalei periférica, cantante ao produzir minha ventania!

segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Quatro de fevereiro de dois mil e treze

Saudade desse espaço, que bom voltei pra mim. Voltei a me tocar porém de maneira revolucionária. Me toco de amor, me beijo por inteira e sorrio ao me olhar no espelho. Pois eu sou minha, plenamente regada de todos os meus eus que me fizeram deusa até esse ponto. De partida,  me amo sem medo de exageros e, provoco essa soma extrema que me balança por dentro e transcende até o próximo pôr do sol. Nesse ato de me amar, sinto quenturas que me envolvem até o dedinho da mão, tão pequeno que só ele indicaria singelamente o que imagino ao fechar os olhos...Há suspiros de leveza nesses dias, pois deliciei-me de tristezas e soube usufruir, provando cada doce amargo de seu caldo. Ainda não me completo, pois caminho lentamente ligeira criando curvas no asfalto e pincelando o ar com as pontas de meus cabelos. Não me espere. Vamos em paralelo, ou então se preferir, fique na grama que logo vamos rolar, rolar de qualquer contentamento que está prestes a ser descoberto... 

terça-feira, maio 29, 2012

Essa é a última...

Então agora vá. Já sabe o que virá, e como foi anunciado, não hesite em ficar. Em vez de ouvir as mesmas palavras que irão lhe cortar até você se perder por dentro, corra rápido! Tire de uma vez por todas esse incomodo do peito, esse laço de nó mal dado, essa corda do pescoço, e a vencida venda dos olhos. Enxergue por inteiro e corra sem saber. Permita que a lágrima caia e se afogue na própria poça. Pise nessa água e molhe a quem quiser, piscando um olhar com recheio de vendaval, vendaval daqueles que num piscar já te empurra pra outros rios cheios de histórias e abraços ainda espalhar. Se espalhe em mil pedacinhos, se acabe, se maltrate e morra de repente. E como em todos clichês de amanhecer, renascer e sol, sobreviva e usufrua da nova carne, alimente-se, saboreie e aproveite dessa vida. Welcome back to the jungle!

sábado, maio 05, 2012

Competindo com uma dor que pode ser saudade, corre na frente a certeza de vida. E além do que não poderia se ver, enviam-me presentes de um céu tão próximo quanto o estrelado acima. Sim, estamos todos juntos.

quinta-feira, maio 03, 2012

Ou três de maio

Há uma crise que me consome, um estado inusitado, um momento de revolução. Sinto-me sensível em outras cores, de outros modos e em variáveis sons de pensamento. Não há nada a fazer, pois esse movimento requer um merecimento do tempo, ele flui e me carrega junto a ventania empoeirada, fazendo-me girar de cabeça pra cima e olhando pro outro lado. De cima ou de baixo venta. E em meu piscar agora tão apertado surge a lágrima resolvida a descer diante do cisco vindo de algo que se escondia logo ali, tão próximo a ser varrido. Não foi. Teve seu tempo, retirada e dentro desse, ficou a observar e recuar-se, por debaixo do tapete e saindo de fininho. Tímida lágrima, que dói o peito e desce devagar na lembrança doce. Respiro lentamente e ao me alongar penso antes no que dizer, penso até demais,pois a revolução que acontece agora é de pausa, onde pouso nela e me permito ventar.

quinta-feira, outubro 06, 2011


Faltam poucos dias para chegar o das crianças, faltam os mesmos para que eu alcance os 30.

sábado, julho 09, 2011

quarta-feira, maio 25, 2011

vinte e seis de outono de dois mil e onze


Não quis procurar, nem menos esperar, sorriu. E acredite, o vento lhe abriu a boca e soprou assim bons ares. O presente da melhor estação que ali se deliciava.

sábado, janeiro 22, 2011

Dá fome (no carnaval)


No carnaval.
Dá fome de madrugada manha, manhã tem carne viva do carnaval sem cinza vermelho agá e vê. Tem sangue. Se mete em beco sem saída e olha a pista se liga Se pode tudo pó deixar carreira siga avenida balança perfume barato cheiro de cachaça rico e pobre samba escola desfilando traveco é tradição!

sábado, dezembro 18, 2010

Novos tempos, novos lembretes :)

Pra vc lembrar de trazer: mala preta minha, sacola de papel próxima a mesa de vidro (com dois calçados meus) mala azul sua (vazia, ou com suas roupas já) pq aqui eu arrumo e devolvo a mala pra minha mãe. Suas roupas: As blusas que deixei penduradas no seu guarda-roupas, lembrar da bermuda nova que deixei secando, as suas calçam podem ser, a marrom e apenas a preta ou cinza de tecido. Lembrar do blazer, já decidiu que blusa por baixo? Se quiser pode tirar aquela que está no pacote separada para o natal. Conferir suas cuecas, pois também deixei algumas secando no varal. Confira também no varal se há alguma camisa que queria trazer, acho que as que separei estão boas. Ah muito importante: deixei nosso desodorante no armário, traz ele!

sexta-feira, novembro 05, 2010

O mapa

sexta-feira, outubro 29, 2010

Neste domingo eu VO(L)TO bonita

sexta-feira, outubro 01, 2010

Resumo



A chuva sempre é um bom começo. De pedra, de vento, primavera-verão, sou fã. E mesmo assim , sendo o motivo de todo o atraso continuo em paz. Paz? Ando estranha... Meio calada, tão certa, meio brava, tão certa, meio correta e tão correta! As chamadas estão sendo assinadas no dia certo, o cartão é batido na hora exata. A preguiça é minha melhor amiga e o canto, meu maior conforto. Ando procurando meus sonhos, por onde foram, será que habitam outro corpo? Ah! Será que alguma garotinha colorida roubou meus sonhos?
Acumulo chances de ganhar num jogo próximo. Tenho metas. Sim, tenho dúvidas, mas depois que descobri o ascendente em gêmeos tudo mudou. A libriana não é mais em cima do muro tá? Especialistas dizem que aos vin-te-e-no-ve-a-nos as pessoas transparecem frequentemente características de seus ascendentes. E falando em vintenoveanos (hã?) semana que vem...Puta que pariu, eu não gosto mais de festa? Meu Deus o que tá havendo?
Tenho odiado viver na província, apesar dos dias sem assalto, nunca na vida fui tão desconfiada. Desconfio de todos! Do oi da moça da padaria e em seguida com Que bom te ver de novo! Aliás tranquei a matrícula da academia logo que percebi que as pessoas me reconheciam. Que saco! Eu só pretendia ir lá, correr uns quilometros na esteira, fazer um xixi no banheiro e dar no pé. Mas não, as pessoas, as mulheres, os homens, os tatus, e talvez as baratas, não se conformam se não souberem algo de você, seres que encontram de-vez-em-quando. Coisas do tipo: Frio né?, Quente. Seco, úmido, que chuva, ó, uhum...Já vai? Mas por que motivo querem saber? Não, não, não to afim porra! Cruzes isso taaalvez, eu realmente tenho que tratar.
Amo a chuva pra terminar meus pensamentos, encharcar toda fritura, sou fã, da chuva de pedra, da chuva de vento, na primavera e dos graaandes temporais pra me calar a boca durante o inconveniente verão, que ainda nem veio. Ó céus, ó vida, ó...
Hehehe ;P

terça-feira, julho 20, 2010

Feliz dia do Amigo Pés!




Cia De Dança Pés pra Toda Obra
Merda! E boa viagem pra gente! To adorando estar com vocês!

segunda-feira, junho 28, 2010

Ninho

O quarto tá pronto, a sala no canto e eu pra lá, aqui cá com ele
O quarto tá quase lá, a cama já se cobriu demais e eu cá só com você...
E eu não vou mais deixar, nada modificar aqui eu vou pintar parede, subir o teto e desenhar o sol pra nós dois....
De repente aqui choveu e lá fora não se escorreu o pingo azul que veio ao lado do seu travesseiro, amarelo. Que brilhou na janela ao som da panela-fumaça.

segunda-feira, junho 21, 2010

Cinco mil quinhentos e vinte quatro caracteres( que seria...)

Escrevo do telefone. Que legal, isso funciona. Talvez alguns erros serão inevitáveis ou apenas pela negligência em minhas desculpas. Sao duas horas da manha e nao me preocuparei mais com os acentos. Acabo de voltar do cinema e nao quero falar sobre o filme mas eu chorei. Entrei fazendo piadas e sai derrubada. Uma animaçao, em sua trilogia me fez chorar, igual ao uma velha por algum arrependimento ou tentando ser mais gentil, por alguma nostalgia. Esse mes foi bacana. Na verdade os ultimos meses tem sido

sexta-feira, maio 21, 2010

sexta-feira, abril 30, 2010

Lembra


Assim que chegou correu ao telefone. Nada. Ninguém queria lhe falar, tão pouco poderiam lhe ouvir. Mal hesitou, não correu. Clicou então e matou saudades. Daquele que lhe fez um bem e sabe-se lá por onde andas agora, imagina sim, a possível presença ao seu lado. Fecha então os olhos e lhe vem: O cheiro. Sabe-se que essa tal presença agora é quem lhe abraça no ar e lhe deixa uma, duas lágrimas a caírem, não muito mais de três cairão, pois a cada lembrança, traz consigo poucos pingos que logo o buscam para perto. E ele chega, e a toma de tal forma que a conduz para o seu qualquer universo onde está, esse de agora.
- É maravilhoso fechar os olhos e me imaginar dançando junto a ti (falava pra si só). E logo, os dois dançavam sim juntos, numa dança nunca feita, pois ali formavam um par que se tocavam entre o ar e entre outra e qualquer esfera, nunca compreendida por ela, mas porém ali na naquela noite, possível. - Boa noite meu querido, aqui lhe guardo e assim me aguarde. E após essa dança sei mais de ti e vivo a crer que sabes sempre de mim, pois tem o segredo de estar em todos a que lhe pedirem, aquele, o sorriso e todos os risos de volta. Volta!

sexta-feira, abril 16, 2010

hummm....?!

segunda-feira, março 01, 2010

Primeiro de Março de Dois Mil e Dez

Acabo de chegar. Da rua, da chuva. A imagem de uma mulher segurando a sombrinha, que passou ao meu lado, não sai da cabeça. A cada aperto da mão pelo cabo da sombrinha sincronizava-se com o aperto dos olhos ao fechar e muitas, muitas lágrimas caírem...Nossa, que drama. Está chuvendo e eu devia estar mais feliz, ou menos triste, inquieta. Acabo de lembrar de mim, e isso é bom. O não saber me arrepia, mas daí lembro novamente de mim, pronto compreendi e retorno ao caminho. Não sei se mudo de endereço, se decoro o apartamento, se pulo da janela, ou fecho-a na tentativa de abrir o gás, não sei se vou ao mercado e faço compras coloridas para minha cozinha. Só sei que hoje eu lembrei de mim e isso é bom.
Tenho fantasmas a espera de serem produzidos, devo correr bem rápido pois logo eles me pegam e aí fudeu, perdi! Não sonho a muito tempo, mas tenho idealizado um carro bacana e uma casa na praia, na roça...Opa, relembrei-me de mim, bom isso. Daí não caio, só dou uma cambaleada, e volto. O mundo é demais, e eu não quero dar conta. Não me movo, e ele passa. Pior pra mim. Mas ao lembrar-me de novo, sinto vida disfarçada por uma charmosa preguiça do : "Não eu não me importo"... Importo sim, QUE MERDA! Amanhã é terça-feira e tenho coisas de terças-feiras a fazer, muitas. Pretendo as quatro da tarde lembrar-me novamente de mim, isso vai ser bom.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Fim de Fevereiro

terça-feira, janeiro 19, 2010

Sobre Milene e Túlio


Pensei, pensei em tudo que aconteceu
fomos voltamos, pulamos, ressucitamos eu diria!
E estamos caminhando ainda juntos
como lá no príncipio, assim sem marcas
e de capa intacta
sabem lá eles o que nos aconteceram
só sabemos nós daqueles os que doeram
e voltamos, caminhando ainda juntos
passando por eles e todos
No cenário onde tudo começou, como era de se voltar
tudo pra seu devido lugar.
(rimei sem querer)

CLIQUE NA NOSTALGIA

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Natureza (quase) viva



" As pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra. Há os níveis-não-formulados, camadas imperceptíveis, fantasias que nem sempre controlamos, expectativas que quase nunca se cumprem, e sobretudo emoções." Caio Fernando Abreu

Um aviso a quem chegar primeiro lá fora: Eu já pulei. Já passei por ali, já senti este cheiro e não é mais o mesmo que sinto. Já tentei repetir, só me quis repetir. Mas as vezes não convém, não se é aceito. E porque eu pulo? Desde que quis subir. Pois repetidas vezes me fiz subir, novamente, ao topo, eu quis sentir. Eu topo, eu vou, e eu quero. Caso olhe para o lado e não o vejo...Eu pauso, sem problemas. Mas não insista após em que viva espontaneamente, pois de minha natureza vivo por ser assim, até que me convença sobre o mais novo e belo salto.

terça-feira, janeiro 05, 2010

No forno

Me dê espaço








































































































































E tempo.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Movimentos

Caiu. Pôs então as mãos ao chão onde por um leve esforço reergueu-se novamente. Tropeçou. Em um pequeno e desajeitado salto para frente quicou também a cabeça onde após manteve a pausa.Cambaleava então. Pondo os pés em meia ponta parecido em balanço iam-se também os braços e quanto a face ria solto bem próximo a um bobo.Bobeou. Perdeste a hora e agora acordara assim com a boca e olhos em sincronia ao abrirem. Imaginou.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Primeiro de dezembro de dois mil e nove


Pelo sorriso nas manhãs e a companhia de algumas insônias. Arranca-me sempre aquele, sabe, no canto da boca. Pela presença quando já se foi e por essa paz que eu ainda não compreendi... Traz-me junto a ela vontade de não planejar, apenas estar. Por esses tantos após dias, não pensados, não somados e sim fluidos ao seu lado. Pela mão dada, o toque, o sabor, nossas besteiras e nossa arte por vir.
Pelo presente e por estar presente nesse confuso e tão claro ano que se vai.
Nesses meus dias que diria sem poesia,
Você só me traz as mais doces cores...
Obrigada

domingo, novembro 22, 2009

Até logo, Dani Dani ~


(Daniel Pádua)

(Milene e Daniel, cambré na Esplanada dos Ministérios :)


Descanse em paz querido Dani, você pra sempre aqui em meu coração, ficam registros doces dos intensos e imaginários momentos junto a Daniel Pádua:
Comment-spam e outras novidades neste 28/03
Reencontro com o pirata


~ Um pouco do que Daniel foi, sua grande importância, e a falta que fará:
Nota de falecimento
Brasil: A perda de um ativista pioneiro
Ativista digital brasileiro
Homenagem ao amigo

Um beijo grande nesse eterno e enorme coração ~
saudades eternas,
Milene P.

sexta-feira, novembro 20, 2009

ODEIO O VERÃO

Eu queria ser uma selvagem agora pra correr nua e pular no chafariz da praça. (to perto)

quarta-feira, novembro 18, 2009

Mudando o Movimento

É só apagar. E começar de novo. A partir de outro. Novo. De novo.

19 de novembro





Oh, kiss me
Lick your cigarette then kiss me
Kiss me where your eye won't meet me
Meet me where your mind won't kiss me
Lick your eyes and mind and then hit me
Hit me with your eyes so sweetly
Oh, you know, you know, you know
That, yes, I love, I mean
I'd love to get to know you
Do you never wonder?
No, no, no
(Franz Ferdinand)

segunda-feira, novembro 16, 2009

Breve Registro da Pausa

domingo, novembro 08, 2009

Tolas Meninas






(Ilustrações de Mateu Velasco, é o cara!)



Essas meninas

Todas iguais

Todas meninas todas modernas

Todas tolas Todas iguais

Pseudo-ativistas, figurinhas repetidas

Tolas meninas, tolas moderninhas

Tão pequeninas (oh que dó)

Tão querendo (também) ser bailarinas

Tão contradizem...

Tão tão tão gostosinhas

No rock and roll

estão na pista estão no ow

estão na roda e rodam no samba

se auto-afirmam aos olhos em negrito

Coffees and Dylan, drops and Beatles backs and Joplin

tão interessantes

Tolas meninas tolas pseudo-pensantes

Tola eu, tola você também.

segunda-feira, novembro 02, 2009

Dois de Novembro




A água que cai agora é doce. Além de parecer brava. Amedontra de tantos graves em seu repetitivo som, corre entre as ruas, e tenta chegar. Não afim de um alarmoso estrago, não.
Acredite, o que ela lhe pede é atenção. Pois após se deitar, se arredia e de tão insegura agora cai. Deixe-a cair, deixe-a soprar, deixe-a correr só. Há uma paragem, na qual sozinha, retornará ao seu eixo, diferente talvez, do lhe apresentado antes de tu a derramares.

segunda-feira, outubro 26, 2009

26 de outubro

Assim que se foi corri até a janela para olhar-te pelo meu engano angulo possível esvoaçante. Não lhe vi. Esperei por cinco minutos e acredito que tenha passado pela rua de trás, saindo assim sem me deixar registros de seu adeus. Lembro ainda com sorriso no canto da boca, da madrugada em que se foi, acenando e cantarolando com as mãos em seu chapéu. Assim que chegar, talvez me leia, ou não. Faço agora, breves registros do nosso tempo, do hoje, de que está, e assim como dizemos agora pouco. Penso nos contos que li para você, lembro dos compassos em que me ensinou e conto até oito para se por acaso encontrar-lhe no cinco. Fascino-me com as possibilidades. Pois foram elas que nos fizeram e assim somos o agora. E a partir delas contaremos a mais cincos possíveis oitos a frente.

sábado, outubro 17, 2009

17 de outubro






" E ninguém mais pra pensar em você e eu... Onde ondas engolem o teu sorriso azul, eu cresço asas pra migrar pro sul. "

segunda-feira, outubro 12, 2009

sexta-feira, outubro 09, 2009


O que é exatamente por ser tal como é, não vai ficar tal como está.   (Brecht)
 
 
 
Percebo que meu orgulho e minha vaidade são maiores do que pensava. Eles me tiram o ar e me afogam em um auto-desprezo único, que fazem ir fundo, lavar-me e voltar purificada. Me seco, me enxergo e não ignoro os tantos defeitos. Me perdôo imediatamente, pois joguei-me, e a dias atrás afirmava que adorava voar, pois então, caí mais uma vez.
Não me dedico ao tempo, pois ele passa, perco-o um tanto e morro em fragmentos,morro de forma baixa, de tal covardia humana, de não fazê-lo vida,  e de só deixá-lo ser tempo. E de ser pequena dentro dele, de não dar me luz, de não esquecer-me um pouco. Pois eu não me esqueço, nunca, e partir daí, estão atravancados todos os tempos e temporais, passados e nunca nulos, pois sou  e serei pra sempre carregada desse temporário inacabado.
Pratico um exercício de esgotar-me a tantas lágrimas, me culpo, mas ajeito um prazo, e logo oscilo acreditando mais um vez ter sido prejudicada, por tamanha inocência e desejo, por grandes ilusões e medos, por tentar enfrentar os grandes, por não saber meu caminho, por não ter tido bons modos e ao demonstrar
a frágil esperteza.Por  querer no fim, somente  a doçura.
Não provo um doce a uns bons dias. Me amargo ao me provar e sinto que reflito isso, pois se um dia foi doce, só demonstra-me  o fim que chegou.
Perdoe-me, pois eu me peço perdão, pois eu não sei mais com quem falo, alguém me ouve? Quem é você que me lê, ó perdão senhor, entrei em sua casa, sem pedir licença, olha só...demonstrando minhas cores e movimentos tão carentes e vaidosos, pois não me bastava o espelho, não. Queria ouvir-lhe, pedia para puxar-me a orelha e acreditava em cada palavra sua. Tomei conta de seus traumas, e os criei bem direitinho, alimento não os faltaram, pois hoje são eles os monstros que me fazem companhia enquanto a sua, foi-se a tempo. Adormecida, pois não percebi que já estava tão longe, agora me pergunto: Como lhe enxergava tão de perto, como conseguia lhe ver tão bonito...que disfarces usaria para me prender? Imaginei-lhe, imaginei, imaginei, imaginei, imaginei e foi possível, pois aqui dentro tu era lindo meu caro, espaço não teve para teus defeitos, e te fiz único, e me deitei pura.
Que pena, acabo de sair desse dentro, acabo de acordar desse sono, acabo de enxergar-lhe como me mostras e como me fala,te percebo de perto, tão de perto que de tanto ocupar os espaços possíveis de minha visão, me toma, me amedronta e me cala, e me cansa. Quero ir pra longe e deixa-lo em paz, ó senhor e seus discípulos monstros. Vou com minha pequena varinha mágica, afim de fazer um plim e desligar-me desse pavoroso pesadelo que me tomou,e nos tomastes um tanto. No 3: 1, 2, 3.
 

segunda-feira, setembro 21, 2009

Oração ao bem vindo

Não penso em forças divinas, sinto a grama, toco a formiga, vejo o telhado. Não curto a saudação ao sol, ponho minhas mãos ao chão e me viro de cabeça para baixo. Mentalizo um Deus aqui de perto, meu vizinho. E me torno pura a cada banho pela noite. Amanheço lenta, vejo sol e sinto a quentura que me espera lá fora. Delicio a carne pelo almoço, e faço votos de casamento aos amigos da mesa ao lado. Como ritual dou meu de sempre alongamento na sala de dança, acompanhado ou não pela turma, faço-o bem, e a cada torção louvo pelo trabalho de cada dia. Em dias mais agradáveis como o de ontem, na hora do café, tomo um suco de laranja acompanhada. Ouço histórias, e conto histórias e ali me confesso. Volto pra casa mais tarde, e assegurada estou, deito na cama, ligo a máquina, plugo o telefone, coloco-o no silencioso e logo me conecto a você, meu caro amigo, vindo da outra tela, onde vejo sinto, e posso tocar sim, porque não?

segunda-feira, agosto 31, 2009

Betina quer Pedro

domingo, agosto 16, 2009

Mais uma dança




Meu movimento dança no momento. E de dança, ele sabe se virar por si só. Nada de piruetas, ando pelo chão, improviso ventando, nada cantando, eu vou. Deixo meus braços de lado e garanto que minhas pernas me levem, são minhas, e os passos só meus. Tento decorar e repassar. Estão soltos, estou solta e de pernas pro ar, cabeça pra baixo, eu tento algo novo. E o novo sempre vem, ruminando em círculos, evitando lesões e acompanhando todo possível fluxo.

domingo, agosto 09, 2009

Amanda Apaixonada

segunda-feira, julho 20, 2009

Dia do Amigo



Sim há vagas! Ainda com receio, eu confesso. Gosta de rock? Sorvete de menta com chocolate? Paciência para algumas fossas e não, não precisa concordar com todas as minhas pirações em dança... Eu poderia bater as 4h da matina na sua porta pra pedir um miojo de larica?
:p

domingo, julho 12, 2009

quinta-feira, junho 25, 2009

reSigniFique jA





terça-feira, junho 09, 2009

Todos Aqueles

Noite passada fez muito frio, e eu suei. Suei porque dormi com três edredons e um cobertor por cima de todos, exagerei na expectativa de neve. Mas juro, nevava. Dentro de mim era gelo, meus pés, preparados com meias e minhas pernas com calças de lã, tremiam logo que deitei. Consegui adormecer e, sonhei tanto que acordei pingando. Agora já tiraria a camisa, as meias, a lã, os edredons e o cobertor por cima e dormiria nua. Putz, o lençol suava ainda. Virei-me de bruços e pronto! Apaguei novamente. O úmido agora seria mais um motivo para me acordar, e então gelava, mais uma vez. Voltei ao processo de repetição ao re-colocar as peças no corpo, blusas, meias, lã e os três edredons com o cobertor acima de todos. Foi apenas uma noite, em que eu suei, e na tentativa exagerada de apenas me curar do gelo, me entreguei a intensos delírios que permitiram-me escorrer e adiar o desejo dos três, com cobertor, acima de todos.

terça-feira, junho 02, 2009