sexta-feira, abril 30, 2010

Lembra


Assim que chegou correu ao telefone. Nada. Ninguém queria lhe falar, tão pouco poderiam lhe ouvir. Mal hesitou, não correu. Clicou então e matou saudades. Daquele que lhe fez um bem e sabe-se lá por onde andas agora, imagina sim, a possível presença ao seu lado. Fecha então os olhos e lhe vem: O cheiro. Sabe-se que essa tal presença agora é quem lhe abraça no ar e lhe deixa uma, duas lágrimas a caírem, não muito mais de três cairão, pois a cada lembrança, traz consigo poucos pingos que logo o buscam para perto. E ele chega, e a toma de tal forma que a conduz para o seu qualquer universo onde está, esse de agora.
- É maravilhoso fechar os olhos e me imaginar dançando junto a ti (falava pra si só). E logo, os dois dançavam sim juntos, numa dança nunca feita, pois ali formavam um par que se tocavam entre o ar e entre outra e qualquer esfera, nunca compreendida por ela, mas porém ali na naquela noite, possível. - Boa noite meu querido, aqui lhe guardo e assim me aguarde. E após essa dança sei mais de ti e vivo a crer que sabes sempre de mim, pois tem o segredo de estar em todos a que lhe pedirem, aquele, o sorriso e todos os risos de volta. Volta!