terça-feira, maio 29, 2012

Essa é a última...

Então agora vá. Já sabe o que virá, e como foi anunciado, não hesite em ficar. Em vez de ouvir as mesmas palavras que irão lhe cortar até você se perder por dentro, corra rápido! Tire de uma vez por todas esse incomodo do peito, esse laço de nó mal dado, essa corda do pescoço, e a vencida venda dos olhos. Enxergue por inteiro e corra sem saber. Permita que a lágrima caia e se afogue na própria poça. Pise nessa água e molhe a quem quiser, piscando um olhar com recheio de vendaval, vendaval daqueles que num piscar já te empurra pra outros rios cheios de histórias e abraços ainda espalhar. Se espalhe em mil pedacinhos, se acabe, se maltrate e morra de repente. E como em todos clichês de amanhecer, renascer e sol, sobreviva e usufrua da nova carne, alimente-se, saboreie e aproveite dessa vida. Welcome back to the jungle!

sábado, maio 05, 2012

Competindo com uma dor que pode ser saudade, corre na frente a certeza de vida. E além do que não poderia se ver, enviam-me presentes de um céu tão próximo quanto o estrelado acima. Sim, estamos todos juntos.

quinta-feira, maio 03, 2012

Ou três de maio

Há uma crise que me consome, um estado inusitado, um momento de revolução. Sinto-me sensível em outras cores, de outros modos e em variáveis sons de pensamento. Não há nada a fazer, pois esse movimento requer um merecimento do tempo, ele flui e me carrega junto a ventania empoeirada, fazendo-me girar de cabeça pra cima e olhando pro outro lado. De cima ou de baixo venta. E em meu piscar agora tão apertado surge a lágrima resolvida a descer diante do cisco vindo de algo que se escondia logo ali, tão próximo a ser varrido. Não foi. Teve seu tempo, retirada e dentro desse, ficou a observar e recuar-se, por debaixo do tapete e saindo de fininho. Tímida lágrima, que dói o peito e desce devagar na lembrança doce. Respiro lentamente e ao me alongar penso antes no que dizer, penso até demais,pois a revolução que acontece agora é de pausa, onde pouso nela e me permito ventar.