segunda-feira, março 01, 2010

Primeiro de Março de Dois Mil e Dez

Acabo de chegar. Da rua, da chuva. A imagem de uma mulher segurando a sombrinha, que passou ao meu lado, não sai da cabeça. A cada aperto da mão pelo cabo da sombrinha sincronizava-se com o aperto dos olhos ao fechar e muitas, muitas lágrimas caírem...Nossa, que drama. Está chuvendo e eu devia estar mais feliz, ou menos triste, inquieta. Acabo de lembrar de mim, e isso é bom. O não saber me arrepia, mas daí lembro novamente de mim, pronto compreendi e retorno ao caminho. Não sei se mudo de endereço, se decoro o apartamento, se pulo da janela, ou fecho-a na tentativa de abrir o gás, não sei se vou ao mercado e faço compras coloridas para minha cozinha. Só sei que hoje eu lembrei de mim e isso é bom.
Tenho fantasmas a espera de serem produzidos, devo correr bem rápido pois logo eles me pegam e aí fudeu, perdi! Não sonho a muito tempo, mas tenho idealizado um carro bacana e uma casa na praia, na roça...Opa, relembrei-me de mim, bom isso. Daí não caio, só dou uma cambaleada, e volto. O mundo é demais, e eu não quero dar conta. Não me movo, e ele passa. Pior pra mim. Mas ao lembrar-me de novo, sinto vida disfarçada por uma charmosa preguiça do : "Não eu não me importo"... Importo sim, QUE MERDA! Amanhã é terça-feira e tenho coisas de terças-feiras a fazer, muitas. Pretendo as quatro da tarde lembrar-me novamente de mim, isso vai ser bom.