terça-feira, abril 24, 2007

Hiper

cansada
de sorrir o tempo todo
de perguntar como vai você
de estar disponível
de atender telefone
de equilibrar seis chopps de uma vez só

de ouvir de onde vem a calma
de dormir de manhã
de não dormir de manhã
de dormir
de ser a bailarina(barra)garçonete

cansei cansei
das minhas pontas loiras
das minhas bochechas fofas
do meu sorriso solto
do dedão do pé

de dançar nas baladinhas
de beber sempre o mais barato
de desistir da vodka com energético

cansei cansei cansei
de perguntar: one more beer?
de ser amiga dos exs
de levar cantadas tolas
de trocar meu mp3 ainda na garantia

de tomar banho frio
de passar a limpo meus textos
de trocar minha 2º câmera digital ainda na garantia

de procurar
procurar procurar
procurar procurar procurar procurar
procurar procurar
procurar procurar procurar
procurar
procurar
de procurar
procurar procurar procurar procurar procurar procurar procurar procurar procurar

cansei
de perder documentos
de trocar celular
da má sorte com eletrônicos
de juntar gorjetas

casando
de não ter raiva
da menstruação de todo mês
do sexo atrasado
do parceiro mal resolvido
do brinco de pena azul


cansei
de tentar lembrar
o que me cansa mais
do que tudo isso aqui
de estar passando agora nesse momento
pela pior tpm do século


Ps: mas eu preciso ser sexy ;)

segunda-feira, abril 16, 2007

me-dói

medo.de morreratropelada.dever gentemorta. depre senciar as saltosde serassaltada de cruzarcomassaltantes. de. levarum tironacabeça de ou vir tiroteios. deba la perdida de armana
cabeça. deserefém dever reféns ede saber que. existemreféns.

quarta-feira, abril 04, 2007

Por favor, o sal

Ainda não sei dizer o que falta. Mas a falta de não saber me transmite a qualquer início. E ontem ao perceber que o vazio está disperso, me toquei que preenchi-me de pensamentos. Ei, o que é que eu to falando? O som daqui tá baixo e a luz lá de fora começa a querer me empurrar pra rua. Durmo pouco nesses últimos dias. E algumas decisões tomadas refletem desde a segunda-feira em que nossa conversa tentou nos aliviar da culpa. Culpa? A abstinência, aquela em que falávamos do domingo. É, inserindo-me em mais um começo. Sem justificativas, e o que eu espero? Por favor, traga-me seu sabor preferido e além do toque, continuo a deliciar-me, lambendo dedos e mordendo lábios...